In the Land of Never
The Place Where I Heard Time
No coração da floresta, existe um espaço especial onde as crianças se encontram e dão asas à imaginação. Chamaram-lhe "Terra do Nunca". É ali que o inesperado acontece: histórias são inventadas, brincadeiras ganham novas formas e os laços entre elas se fortalecem.
O conhecimento e as brincadeiras fluem de ano para ano, de criança para criança. As mais velhas guiam as mais novas, como numa sociedade que valoriza o saber oral e a partilha espontânea. Na floresta, os dias seguem ao sabor dos encontros: com plantas, animais e até com transeuntes que atravessam os caminhos da escola.
No verão, os dias quentes e longos convidam à calma. As brincadeiras seguem um ritmo mais lento, com momentos de maior energia, mas também de recolhimento e introspeção.
E qual é o papel dos adultos? Observar mais do que intervir. Respeitar, moderar, e acolher.
Fotografar esta escola foi encontrar uma infância livre e profundamente conectada com o mundo natural. Na Terra do Nunca descobri que o tempo pode ser surpreendentemente lento, se estivermos dispostos a escutá-lo.
In the heart of the forest, there is a special place where children meet and let their imagination soar. They called it the "Land of Never." It is there that the unexpected happens: stories are created, games take on new forms, and bonds between them grow stronger.
Knowledge and play pass from year to year, from child to child. The older ones guide the younger ones, much like in a society that values oral knowledge and spontaneous sharing. In the forest, the days unfold according to the encounters: with plants, animals, and even passersby crossing the school’s paths.
In summer, the long, warm days invite calm. The games follow a slower rhythm, with moments of greater energy, but also moments of retreat and introspection.
And what is the role of adults? To observe more than intervene. To respect, moderate, and embrace.
Photographing this school was to discover a free childhood, deeply connected with the natural world. In the Land of Never, I found that time can be surprisingly slow, if we are willing to listen to it.
